quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dança dos 7 véus


Ao longo da execução da Dança dos Sete Véus, retiram-se sucessivamente, com graça e mistério, os sete véus, cujas cores se relacionam ao arco-íris.

ORIGEM DA DANÇA:


A Dança dos Sete Véus possui várias origens, a mais remota conta que inicialmente era dançada com 49 véus, passando mais tarde a ser realizada com apenas 7 véus, e era realizada em homenagem à Deusa Babilônica Ishtar ou Astarte, deusa do amor e da fertilidade. Segundo os babilônios, Tamuz, seu amado teria perdido a vida e foi levado para o reino dos mortos, e Ishtar, por amor, resolveu ir também para o reino dos mortos a fim de resgatá-lo. Determinada, Ishtar atravessou os 7 portais do mundo dos mortos, passando pelas 7 camêras que haviam dentro de cada portal e lutando com os 49 demônios guardiões dos portais, Ishtar derrotou e dominou todos os demônios, deixando cair um de seus pertences durante as lutas em cada portal: um véu ou uma jóia (cada um deles representando um de seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano) Chegando assim, completamente nua ao final do último portal.


O véu representaria o que ocultamos dos outros e de nós mesmos. Ao deixar os véus Ishtar revela sua verdadeira essência e consegue unir-se a Tamuz, se tornando senhora do mundo dos mortos, e guardiã das chaves dos portais, que eram abertos somente para os iniciados.


No Egito, as sacerdotisas em seus templos, ofereciam a dança dos sete véus para a Deusa Isis, que dentro dela existe, e lhe dá beleza e força, representava um ritual de experiências sucessivas de auto-conhecimento até a ascensão espiritual, e era realizada em homenagem aos mortos. As sacerdotisas retiravam não só os véus, mas todos os adereços sobre o seu corpo, para simbolizar a sua entrada no mundo dos mortos sem apego a bens materiais. Os sete véus aludiam aos mistérios da deusa Isis.


Na Grécia a dança dos sete véus era realizada nos cultos da deusa grega Afrodite, a deusa do amor.


Com o tempo, a dança passou a ser realizada por bailarinas, que limitavam-se a retirar os véus, perdendo assim seu carater espiritual, e ganhando uma conotação erótica, que permaneceu por muitos anos, até a redescoberta de sua verdadeira origem e significado.


SIMBOLOGIA DOS 7 VÉUS:
Hijab: assim é a palavra “véu” em árabe, e significa “o que separa duas coisas”. O véu é a barreira que separa o conhecido do desconhecido, o mundo material do imaterial, não é apenas um enfeite, um acessório a mais, o véu mostra existir algo muito precioso que está escondido.


A retirada do véu sugere a revelação gradual da Luz, o véu "desvenda" a sabedoria e a verdadeira essência do universo. A retirada e o cair do véu significa o "cair da venda", o abrir dos olhos, o auto-conhecimento que desperta a consciência e nos leva á ascensão espiritual.


O número Sete simboliza a combinação do Três (Céu) com o Quatro (Terra): o 3, representado por um triângulo, é o Espírito; o 4, representado por um quadrado, é a Matéria. O Sete simboliza a totalidade dos mundos.


Os sete véus simbolizão as sete cores do arco-íris, os sete planetas conhecidos na época da civilização egipcia antiga (que estão representados na dança como possuidores de qualidades e defeitos que influenciam o temperamento das pessoas), as sete notas músicais, os sete dias da semana, e os sete chacras (pontos energéticos do corpo humano). Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação, rumo á ascensão espiritual:


A PRIMEIRA INICIAÇÃO: Nesta iniciação a pessoa deverá trabalhar o domínio das tendências físicas inferiores básicas: purificação da alimentação, manutenção do corpo livre ao máximo de toxinas, transmutação da luxúria em amor, entre outras coisas. Neste estágio, a pessoa começa a tomar consciência de si mesma, como alma.

A SEGUNDA INICIAÇÃO: Esta iniciação desenvolve o controle da camada emocional. Os desejos egoístas são substituídos pelo desejo de servir a humanidade e entra-se num trabalho intenso com a natureza emocional e psicológica. Aqui, o indivíduo toma consciência de quem é realmente, de todos os aspectos do seu eu, aceita-os e trabalha os aspectos negativos. A meta da segunda iniciação é fundir as metas e desejos pessoais, com as metas do Todo.

A TERCEIRA INICIAÇÃO: Aqui o domínio do pensamento é o foco central. As formas de pensamento têm que se tornar claras e definidas, assim como os nossos propósitos ou desejos. Os pensamentos devem ser dirigidos para os planos superiores. O indivíduo precisa aprender a trabalhar com os bloqueios físicos, emocionais e mentais, não os negando, mas encontrando as suas raízes; e isso para muitas pessoas é a parte mais difícil.

A QUARTA INICIAÇÃO: Existe um período de sacrifício e desapego profundos nesta iniciação, que também é chamada de "crucificação", e aqui a pessoa tem que trabalhar os medos, e as perdas. Neste estágio, a visão aumenta espantosamente e o interesse verdadeiro passa a ser elevar a humanidade, pois a essência da alma sabe que forma uma unidade com tudo o que existe. Aqui, o iniciado não é mais uma alma aprisionada, mas sim a própria alma.

A QUINTA INICIAÇÃO: É a revelação e ocorre no plano átmico. A vontade de servir, assume fundamental importância. A pessoa toma total consciência dos papéis desempenhados na evolução da Terra e do universo. Aqui a pessoa entra em pleno contacto com o seu poder pessoal, com o amor, e a luz.

A SEXTA INICIAÇÃO: Esta é a "iniciação da ascensão"; que se inicia agora e completa-se na 7.ª iniciação. Aqui a pessoa sente-se numa total unidade, vivenciando o amor incondicional divino e uma profunda paz. É necessário invocar e ser a Luz e o Amor.

A SETIMA INICIAÇÃO: A partir daqui, não somos mais atraídos pelos mundos inferiores a não ser pela vontade de servir. Neste plano, a vontade espiritual se encontra plenamente ativada, entrando em pleno funcionamento ao lado do amor incondicional e da sabedoria. Neste estágio o amor incondicional, as motivações puras e o brilho da própria luz, reluzem na aura do iniciado.

A DANÇA:
A bailarina se envolve com os sete véus. Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás, branco. A vestimenta da dança do ventre , embaixo dos sete véus, deve ser preferencialmente branca ou de cor clara, suave. Durante a dança a bailarina realiza movimentos de meditação e de transe.


A retirada de cada um dos véus, presos ao corpo da dançarina, representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação das qualidades pessoais.


As melhores músicas para essa dança são as instrumentais, a música deve ter andamento lento e duração longa, aproximadamente 7 a 8 minutos, dedicando um minuto para cada véu. A bailarina deve assumir uma personagem: a sacerdotisa em busca da sua verdade. O despertar de sua consciência, de sua força e poder, dentro do mais perfeito equilíbrio.


SIGNIFICADO DOS VÉUS, POSIÇÃO e MOVIMENTOS PARA DANÇA:

O VÉU VERMELHO - Marte - Chacra Básico; sua retirada significa a vitória do amor cósmico e da confiança sobre a agressividade e a paixão; Entra-se com o véu vermelho (medindo 3 metros), realiza-se movimentos fortes de véu e quadris, como batidas e shimies.

O VÉU LARANJA - Júpiter - Chacra Esplênico; que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção e ajuda ao próximo; O véu é preso no quadril. Realiza-se movimentos de shimies, oitos, redondos; o véu acompanha com movimentos do quadril.

O VÉU AMARELO - Sol - Chacra Plexo Solar; que elimina o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo confiança, esperança e alegria; O véu é amarrado no corpo cobrindo a barriga. Realiza-se movimentos de ondulações, oitos laterais, oitos com ondulações, redondo interno e redondo grande.

O VÉU VERDE - Mercúrio - Chacra Cardíaco; que mostra a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos; O véu é preso no busto ou em um dos braços. Realiza-se movimentos de busto e braços.

O VÉU AZUL-CLARO - Vênus - Chacra Laríngeo; a qual revela que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos; O véu é preso no pescoço ou no outro braço preso a um bracelete. Retira-se os véus verde e azul juntos com movimentos de cabeça.

O VÉU LILÁS - Saturno - Chacra Frontal; mostra a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena e o desenvolvimento da percepção sutil; O véu cobre o rosto (chador). Realiza-se movimentos de expressão de olhos e cabeça. Tira-se o chador.

O VÉU BRANCO - Lua - Chacra Coronário; ( a união de todas as cores ). A queda do último véu mostra a imaginação transformada em pensamento criativo e pureza interior; O véu branco é preso na cabeça (como véu dos beduínos). Retira-se o véu, utilizando-o com movimentos de giros e de casulo fazendo uma especie de espiral pelo corpo

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=521074631240888&set=a.426962870652065.116369.426948327320186&type=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário