Psicografia indireta: cestas e pranchetas.
Já dissemos que uma pessoa, dotada de aptidão especial, pode imprimir movimento de rotação a uma mesa, ou a outro objeto qualquer. Tomemos, em vez de uma mesa, uma cestinha de quinze a vinte centímetros de diâmetro (de madeira ou de vime, a substância pouco importa). Se fizermos passar pelo fundo dessa cesta um lápis e o prendermos bem, com a ponta de fora e para baixo; se mantivermos o aparelho assim formado em equilíbrio sobre a ponta do lápis, apoiado este sobre uma folha de papel, e apoiarmos os dedos nas bordas da cesta, ela se porá em movimento; mas, em vez de girar, fará que o lápis percorra, em diversos sentidos, o papel, traçando ou riscos sem significação, ou letras.
Continua a mover-se circularmente, de sorte que a linha escrita forma uma espiral, tornando necessário voltear muitas vezes o papel para se ler o que está grafado. Nem sempre é muito legível a escrita assim feita, por não ficarem separadas as palavras. Entretanto, o médium, por uma espécie de intuição, facilmente a decifra. Por economia, o papel e o lápis comum podem ser substituídos por uma lousa com o respectivo lápis. Designaremos este gênero de cesta pelo nome de cesta-pião. As vezes, em lugar da cesta, emprega-se um papelão muito semelhante às caixas de pastilhas, formando-lhe o lápis o eixo, como no brinquedo chamado carrapeta.
Muitos outros dispositivos se têm imaginado para a obtenção do mesmo resultado. O mais cômodo é o a que chamaremos cesta de bico e que consiste em adaptar-se à cesta uma haste inclinada, de madeira, prolongando-se dez a quinze centímetros para o lado de fora, na posição do mastro de gurupés, numa embarcação. Por um buraco aberto na extremidade dessa haste, ou bico, passa-se um lápis bastante comprido para que sua ponta assente no papel. Pondo o médium os dedos na borda da cesta, o aparelho todo se agita e o lápis escreve, como no caso anterior, com a diferença, porém, de que, em geral, a escrita é mais legível, com as palavras separadas e as linhas sucedendo-se paralelas, como na escrita comum, por poder o médium levar facilmente o lápis de uma linha a outra. Obtêm-se assim dissertações de muitas páginas, tão rapidamente como se se escrevesse com a mão.
Em vez de cesta, algumas pessoas se servem de uma espécie de mesa pequenina, feita de propósito, tendo de doze a quinze centímetros de comprimento, por cinco a seis de altura, e três pés a um dos quais se adapta um lápis. Os dois outros são arredondados, ou munidos de uma bola de marfim, para deslizar mais facilmente sobre o papel. Outros se utilizam apenas de uma prancheta de quinze a vinte centímetros quadrados, triangular, oblonga, ou oval. Num dos bordos, há um furo oblíquo para introduzir-se o lápis. Colocada em posição de escrever, ela fica inclinada e se apóia por um dos lados no papel. Algumas trazem desse lado rodízios para lhe facilitarem o movimento. E de ver-se, em suma, que todos esses dispositivos nada têm de absoluto. O melhor é o que for mais cômodo.
Com qualquer desses aparelhos, quase sempre é preciso que os operadores sejam dois; mas, não é necessário que ambos sejam dotados de faculdades mediúnicas. Um serve unicamente para manter o equilíbrio e poupar ao médium excesso de fadiga.
Psicografia direta ou manual
Chamamos psicografia indireta à escrita assim obtida, em contraposição à psicografia direta ou manual, obtida pelo próprio médium.
O Espírito que se comunica atua sobre o médium que, debaixo dessa influência, move maquinalmente o braço e a mão para escrever, sem ter (é pelo menos o caso mais comum) a menor consciência do que escreve; a mão atua sobre a cesta e a cesta sobre o lápis. Assim, não é a cesta que se torna inteligente; ela não passa de um instrumento manejado por uma inteligência; não passa, realmente, de uma lapiseira, de um apêndice da mão, de um intermediário, entre a mão e o lápis. Suprima-se esse intermediário, coloque-se o lápis na mão e o resultado será o mesmo, com um mecanismo muito mais simples, pois que o médium escreve como o faz nas condições ordinárias. De sorte que toda pessoa que escreve com o concurso de uma cesta, prancheta, ou qualquer outro objeto, pode escrever diretamente.
De todos os meios de comunicação, a escrita manual, que alguns denominam escrita involuntária, é, sem contestação, a mais simples, a mais fácil e a mais cômoda, porque nenhum preparativo exige e se presta, como a escrita corrente, aos maiores desenvolvimentos. Dela tornaremos a falar, quando tratarmos dos médiuns.
Resumo realizado por Tatiane Madruga, , no grupo de estudos1 de sábado no CELE (17/07/2010)
Chamamos psicografia indireta à escrita assim obtida, em contraposição à psicografia direta ou manual, obtida pelo próprio médium.
O Espírito que se comunica atua sobre o médium que, debaixo dessa influência, move maquinalmente o braço e a mão para escrever, sem ter (é pelo menos o caso mais comum) a menor consciência do que escreve; a mão atua sobre a cesta e a cesta sobre o lápis. Assim, não é a cesta que se torna inteligente; ela não passa de um instrumento manejado por uma inteligência; não passa, realmente, de uma lapiseira, de um apêndice da mão, de um intermediário, entre a mão e o lápis. Suprima-se esse intermediário, coloque-se o lápis na mão e o resultado será o mesmo, com um mecanismo muito mais simples, pois que o médium escreve como o faz nas condições ordinárias. De sorte que toda pessoa que escreve com o concurso de uma cesta, prancheta, ou qualquer outro objeto, pode escrever diretamente.
De todos os meios de comunicação, a escrita manual, que alguns denominam escrita involuntária, é, sem contestação, a mais simples, a mais fácil e a mais cômoda, porque nenhum preparativo exige e se presta, como a escrita corrente, aos maiores desenvolvimentos. Dela tornaremos a falar, quando tratarmos dos médiuns.
Resumo realizado por Tatiane Madruga, , no grupo de estudos1 de sábado no CELE (17/07/2010)
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