domingo, 15 de agosto de 2010

LIVRO DOS MÉDIUNS- Cap. XI



Sematologia e Tiptologia


As primeiras manifestações inteligentes foram obtidas por meio de pancadas ou tiptologia. Esse meio primitivo, que se ressentia das condições iniciais da arte, só oferecia recursos muito limitados. As comunicações por esse meio reduziam-se às respostas monossilábicas por sim ou por não; através de um número convencionado de golpes.
A primeira, que se poderia chamar tiptologia basculante, consiste no movimento da mesa que se eleva de um lado e cai batendo um pé. Basta, para isso, que o médium pouse as mãos na borda da mesa.


É curioso que ao se empregar esse meio o Espírito costuma acrescentar-lhe uma espécie de mímica, exprimindo a energia da afirmação ou da negação pela força dos golpes. Exprime ainda a natureza dos seus sentimentos: a violência, por movimentos bruscos; a cólera e a impaciência, dando fortes pancadas repetidas, como alguém que batesse os pés com raiva, às vezes jogando a mesa no chão. Se for um Espírito bondoso e delicado, no começo e no fim da sessão inclina a mesa em forma de saudação. Se quiser dirigir-se diretamente a uma das pessoas presentes, leva a mesa até ela com suavidade ou violência, conforme queira lhe testemunhar afeição ou antipatia. É essa, propriamente falando, a sematologia ou linguagem dos sinais, como a tiptologia é a linguagem das pancadas.
Então podemos resumir que a Sematologia é a língua dos sinais e a tiptologia é a língua das pancadas.

LIVRO DOS MÉDIUNS- Cap. XII

Pneumatografia ou Escrita Direta- Pneumatofonia


A Pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário; ela difere da Psicografia no fato de que esta é a transmissão do pensamento do Espírito, por meio da escrita, pelas mãos de um médium.

O fenômeno da escrita direta, sem contradita, é um dos mais extraordinários do Espiritismo, por anormal que pareça à primeira vista, é hoje um fato averiguado e incontestável;
Uma vez que a possibilidade de escrever sem intermediário é um dos atributos do Espírito, que os Espíritos existiram de todos os tempos, e de todos os tempos, também, produziram os diversos fenômenos que conhecemos, igualmente deveram produzir a escrita direta, na antigüidade tão bem quanto em nossos dias.


Pneumatofonia

Os Espíritos, podendo produzir ruídos e pancadas, podem naturalmente fazer ouvir gritos de toda espécie e sons vocais imitando a voz humana, ao nosso lado ou no ar. É esse fenômeno que designamos pelo nome de pneumatofonia. Segundo o que conhecemos da natureza dos Espíritos, podemos supor que alguns deles, quando de ordem inferior, iludem-se com isso e acreditam falar como quando viviam.
Devemos evitar, entretanto, de tomar por vozes ocultas todos os sons de causa desconhecida ou os simples zunidos do ouvido, e sobretudo de aceitar a crença vulgar de que o ouvido que zune está nos avisando de que falam de nós em algum lugar. Esses zunidos, de causa puramente fisiológica, não têm aliás nenhum sentido, enquanto os sons da pneumatofonia exprimem pensamentos e somente por isso podemos reconhecer que têm uma causa inteligente e não acidental. Podemos estabelecer, como princípio, que apenas os efeitos notoriamente inteligentes podem atestar a intervenção dos Espíritos. Quanto aos outros, há pelo menos cem possibilidades contra uma de serem produzidos por causas fortuitas.
Os sons espíritas ou pneumatofônicos manifestam-se por duas maneiras bem distintas: é às vezes uma voz interna que ressoa em nosso foro íntimo, e embora as palavras sejam claras e distintas, nada têm de material; de outras vezes as palavras são exteriores e tão distintamente articuladas como se proviessem de uma pessoa ao nosso lado.
De qualquer maneira que se produza, o fenômeno de pneumatofonia é quase sempre espontâneo e só muito raramente pode ser provocado.
Nas sessões de voz direta temos o fenômeno de pneumatofonia exterior provocado. Mas, como Kardec acentua, essas sessões são bastante raras.

Resumo realizado por Tatiane Madruga, , no grupo de estudos1 de sábado no CELE (03/07/2010)

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