quarta-feira, 7 de setembro de 2016

LINHAS DE TRABALHO E ORIXÁS NA UMBANDA.

Não devemos confundir as linhas de trabalho com os Orixás. Um mesmo Orixá pode ter sob sua irradiação mais de uma linha vibratória de trabalho. Até hoje, desde o surgimento da Umbanda, em 1908, não se chegou a um consenso de quais sejam as linhas. Muito se fala em sete linhas de Umbanda, mas somos da opinião de que são mais que isso. Observemos que, ao longo do tempo, não somente a compreensão do que sejam as linhas como também sua quantidade se alteram, pelo fato de a Umbanda ser uma religião de inclusão. Nada é rígido na espiritualidade e não podemos conceber o movimento astral da Umbanda, altamente dinâmico, como algo engessado símile a um quartel com organograma fixo.
O exemplo clássico disso que estamos afirmando é a Linha dos Baianos e dos Malandros, que foram introduzidas pari passu com o crescimento da Umbanda no meio urbano das grandes cidades do centro do país, como São Paulo e Rio de Janeiro. É uma característica regional que ganhou espaço no imaginário umbandista e, consequentemente, na sua contra- parte espiritual, abrigando muitas entidades afins, assim como os Boiadeiros nas regiões Centro, Oeste e Norte, ou os cangaceiros, mais para o Nordeste. Da mesma forma, a Linha dos Marinheiros, que se consolidou nas grandes cidades litorâneas, nada mais natural pelo tamanho da costa marítima que temos e da importância que os portos e o comércio aduaneiro tiveram na história recente do crescimento econômico brasileiro.
A Umbanda por ser uma religião de inclusão, adapta-se às diversas regiões geográficas do país, aproximando-se melhor das consciências que moram nesses locais, e, a partir daí, faz a caridade, numa linguagem adaptada à compreensão do senso comum vigente.
- do livro INICIANDO NA UMBANDA.
http://www.livrariadotriangulo.com.br/

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