terça-feira, 23 de julho de 2013

O “mas” e os discípulos

“Tudo posso naquele que me fortalece.” – Paulo. (Filipenses, 4:13.)

O discípulo aplicado assevera:
– De mim mesmo, nada possuo de bom, mas Jesus me suprirá 
de recursos, segundo as minhas necessidades.
– Não disponho de perfeito conhecimento do caminho, mas 
Jesus me conduzirá.
O aprendiz preguiçoso declara:
– Não descreio da bondade de Jesus, mas não tenho forças 
para o trabalho cristão.
– Sei que o caminho permanece em Jesus, mas o mundo não 
me permite segui-lo.
O primeiro galga a montanha da decisão. Identifica as pró-
prias fraquezas, entretanto, confia no Divino Amigo e delibera 
viver-lhe as lições.
O segundo estima o descanso no vale fundo da experiência 
inferior. Reconhece as graças que o Mestre lhe conferiu, todavia, 
prefere furtar-se a elas.
O primeiro fixou a mente na luz divina e segue adiante. O segundo parou o pensamento nas próprias limitações.
O “mas” é a conjunção que, nos processos verbalistas, habitualmente nos define a posição íntima perante o Evangelho. 
Colocada à frente do Santo Nome, exprime-nos a firmeza e a 
confiança, a fé e o valor, contudo, localizada depois dele, situanos a indecisão e a ociosidade, a impermeabilidade e a indiferença.
Três letras apenas denunciam-nos o rumo.
– Assim recomendam meus princípios, mas Jesus pede outra 
coisa.– Assim aconselha Jesus, mas não posso fazê-lo.
Através de uma palavra pequena e simples, fazemos a profissão de fé ou a confissão de ineficiência.
Lembremo-nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado e perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses: –
“Tudo posso naquele que me fortalece.”

Francisco Cândido Xavier
Pão Nosso
Ditado pelo Espírito
Emmanuel

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