Dirigente das Trevas
Esta é uma figura freqüente nos trabalhos de desobsessão. Comparece para observar, estudar as pessoas, sondar o doutrinador, sentir mais de perto os métodos de ação do grupo, a fim de poder tomar suas “providências”. Foi geralmente um encarnado poderoso, que ocupou posições de mando. Acostumado ao exercício da autoridade incontestada, é arrogante, frio, calculista, inteligente, experimentado e violento. Não dispõe de paciência para o diálogo, pois está habituado apenas a expedir ordens e não a debater problemas, ainda mais com seres que considera inferiores e ignorantes, como os pobres componentes de um grupo de desobsessão. Situa-se num plano de olímpica superioridade e nada vem pedir; vem exigir, ordenar, ameaçar, intimidar.
Planejador
Este é frio, impessoal, inteligente, culto. Maneja muito bem o sofisma, é excelente dialético, pensador sutil e aproveita-se de qualquer descuido ou palavra infeliz do doutrinador para procurar confundi-lo. Mostra-se amável, aparentemente tranqüilo e sem ódios. Não se envolve diretamente com os métodos de trabalho das organizações trevosas, ou seja, não expede ordens, nem as executa; limita-se a estudar a problemática do caso e traçar os planos com extrema habilidade. Os planejadores são elementos altamente credenciados e respeitados na comunidade do crime invisível.
Os Juristas
Muitas vezes nos encontramos com esses trabalhadores das sombras, tão compenetrados de suas tarefas como quaisquer outros. São os terríveis juristas do Espaço.
“Estes também — diz o artigo já citado, em “Reformador” de fevereiro de 1975 —, autoritários e seguros de si, exoneram-se facilmente de qualquer culpa porque, segundo informam ao doutrinador, cingem-se aos autos do processo. Na sua opinião, qualquer juiz terreno, medianamente instruído, proferiria a mesma sentença diante daqueles fatos. Todo o formalismo processualístico ali está: as denúncias, os depoimentos, as audiências, os pareceres, os laudos, as perícias, os despachos e, por fim, a sentença — invariavelmente condenatória. E até as revisões, e os apelos, quando previstos nos “códigos” pelos quais se orientam (ou melhor, se desorientam).”
São também impessoais e frios aplicadores das “leis”.
O Executor
Sente-se também totalmente
desligado da responsabilidade, quanto às atrocidades que pratica, pois não é o
mandante; apenas executa ordens. Usualmente, nada tem de pessoal contra suas
vítimas inermes. Agasalham-se na crueldade agressiva e fria, sem temores, sem
remorsos, sem dramas de consciência.
O Vingador
É preciso entender o
vingador e aceitá-lo como ele se apresenta, se é que pretendemos ajudá-lo, pois
ele é, antes de tudo, um prisioneiro de si mesmo, através da sua cólera e da
sua frustração. Sua maior ilusão é a de que a vingança aplaca o ódio, quando,
na realidade, o alimenta e o mantém vivo. Sua lógica é, ao mesmo tempo, fria e
apaixonada, calculada e impulsiva, paciente e violenta, e sempre implacável.
Envolvido no seu processo, ele nem sequer admite o perdão, e é capaz de
perseguir sua vítima através de séculos e séculos, ao longo de muitas vidas,
tanto aqui, na carne, como no mundo espiritual.
Quase sempre a vingança
desdobra-se a partir de um caso pessoal, mas é comum encontrarmos também o
vingador impessoal, aquele que trabalha para uma organização opressora. Ainda
veremos isso mais adiante.
O vingador observa,
planeja e espera a ocasião oportuna e o momento favorável. Não se precipita,
mas não esquece: sempre que pode, interfere, ainda que seja somente para
espetar uma agulha em sua vítima indefesa.
Fonte: Livro Diálogo com as Sombras
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Magnetizadores e Hipnotizadores
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