segunda-feira, 11 de março de 2013

Condição comum

“Imediatamente, o pai do menino, clamando com lá-
grimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.” (Marcos, 9:24.)

Aquele homem da multidão, em se aproximando de Jesus
com o filho enfermo, constitui expressão representativa do
espírito comum da humanidade terrestre.
Os círculos religiosos comentam excessivamente a fé em
Deus, todavia, nos instantes da tempestade, são escassos os
devotos que permanecem firmes na confiança.
Revelam-se as massas muito atentas aos cerimoniais do culto
exterior, participam das edificações alusivas à crença, contudo,
ante as dificuldades do escândalo, quase toda gente resvala no
despenhadeiro das acusações recíprocas.
Se falha um missionário, verifica-se a debandada. A comunidade dos crentes pousa os olhos nos homens falíveis, cegos às
finalidades ou indiferentes às instituições. Em tal movimento de
insegurança espiritual, sem paradoxo, as criaturas humanas
crêem e descrêem, confiando hoje e desfalecendo amanhã.
Somos defrontados, ainda, pelo regime de incerteza de espíritos infantis que mal começam a conceber noções de responsabilidade.
Felizes, pois, aqueles que, à maneira do pai necessitado, se
acercarem do Cristo, confessando a precariedade da posição
íntima. Assim, em afirmando a crença com a boca, pedirão, ao
mesmo tempo, ajuda para a sua falta de fé, atestando com lágrimas a própria miserabilidade
Pão Nosso
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Emmanuel

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