segunda-feira, 25 de março de 2013

Bom Dia!

Ninguém passa pelo mundo sem um encontro com o sofrimento.
A função deste incômodo companheiro é desgastar o corpo para abrilhantar a alma.
O corpo é como uma lagarta... que se arrasta pelo pântano em busca de detritos.

A borboleta é a alma que busca o céu, pois tem sede de perfume e de liberdade.
O sofrimento envolve o corpo com pesado manto de aflição deixando a alma aprisionada em um casulo.

No casulo opera-se a transformação do corpo, que perde camadas inúteis fazendo surgir uma pele brilhante e macia.
Utilizando a resignação a alma vai construindo asas para que possa elevar-se aos planos sublimes.
E espera que o tempo opere o milagre da transformação.
A vida do espírito é parecida com a vida da lagarta.
Partindo da simplicidade e da ignorância, quase sempre com a ajuda do sofrimento, chega ao céu com suas próprias asas.

Da alimentação grosseira chega ao néctar; do corpo feio atinge a beleza; da limitação do rastejo alcança o vôo livre.
Temos a escolha de apressar ou não a nossa metamorfose.

Voar ou rastejar é uma decisão de cada um.
Pisar na lama ou pousar em flores é uma decisão pessoal e intransferível, pois na estrada evolutiva cada um escolhe seu leito.

A vida é feita de escolhas; para ganhar algo, as vezes, perdemos alguma coisa.
A sabedoria está em perder sempre aquilo que nos prende.
A vida é uma batalha no casulo da eternidade.

A cada existência ficamos mais leves, pois a capa da lagarta vai se transformando nas escamas da borboleta.
De repente não mais nos arrastaremos.
Nossa leveza será surpreendida pelo vento que nos impulsionará para cima.
E quais borboletas, teremos nosso encontro definitivo com Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário