quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Kardecismo x Espiritualismo

Queridos amigos segue um longo texto para reflexão.

Analisemos sobre ele e vamos pensar se somos realmente espíritas/ espiritualistas ou espíritas/kardecistas!

Muitos amigos vão entender o por que que bato tanto na tecla sobre ter a mente aberta e sem preconceito em relação aos povos que trabalham em prol do AMOR e da CARIDADE!


Queridos amigos que me acompanham, eu coloco aqui alguns textos que acho interessante, leio todos antes de colocá - los, nem sempre e na sua maioria não são de minha autoria, mas são idéias que concordo em seus aspectos.

Este texto por exemplo, não se refere as pessoas que frequentam ou trabalham nas casa " kardecistas", mas os excessos que os espíritas cometem justificando estar seguindo as obras de Kardec.

Kardec não foi o criador do espiritismo, foi o grande codificador e compilador das informações passadas pelos espíritos.

Espíritos existem muito antes de Kardec, desde os primórdios da vida humana!

Então meus queridos amigos não estou agredindo ninguém, ou afrontando os meus companheiros "espíritas kardecistas", é apenas uma reflexão sobre os excessos cometidos em nome de Kardec.


Att. Tatiane Madruga


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Faremos um paralelo básico dos prós e dos contras de cada um para no fim fazer uma síntese avançada, isenta, sofisticada e de vanguarda.

Mas antes de qualquer coisa vamos definir o que é Espiritismo e o que é Espiritualismo.

Há duas correntes básicas que definem a humanidade: o materialismo e o espiritualismo.

Todas as religiões são espiritualistas, pois acreditam em algo além da matéria. Doutrinas, filosofias e sistemas de pensamento que não são materialistas caem automaticamente na linha espiritualista, mesmo que não queiram ou não gostem deste conceito/rótulo, como por exemplo, a Conscienciologia.

Há também uma confusão generalizada quando as convergências e divergências entre o que é, e o que não é ser “espírita” versus ser espiritualista.

Kardec ao codificar e compilar uma pesquisa realizada com bases estatísticas de forma sólida e coerente criou um corpo de conhecimentos que atualmente é utilizado por uma religião que se autodenomina “Espírita” e que o trata como doutrina. Há controvérsias. Se o indivíduo, grupo ou religião está limitado apenas em Kardec, ele não é espírita, ele é Kardecista, ou seja, o criador como pessoa é “canonizado” acima da proposta de conhecimento e evolução que ele mesmo compilou, algo incoerente, transformando a ferramenta (meio) em fim (objetivo).

Qualquer linha de conhecimento, idéia ou proposta não é posse de apenas uma pessoa, mas de toda a humanidade. E qualquer um, a qualquer momento e de qualquer linha pode e poderá estudar uma outra, desde que tenha mente e coração abertos e humildade de desejar aprender.


Espiritismo, pela própria acepção da palavra quer dizer o estudo dos espíritos.

Espiritualidade é uma palavra derivada de “espírito”, portanto, semelhante e, aliás, muito convergente, senão a mesma coisa, embora não haja consenso nesta idéia no meio popular (leigo). O que acontece é que as pessoas e grupos se perdem muito na semântica, nos rótulos, esquecendo a grandeza das idéias e das propostas, exaltando as diferenças, por mais insignificantes que sejam e desprezando as semelhanças por maiores que sejam. Há grupos que valorizam mais a semântica e o jargão da linha que ostentam do que o próprio conhecimento em si (Ex.: a Conscienciologia, que poderia se chamar semanticologia), novamente transformando meio em fim.

Mera guerra de egos, um pensar pequeno, mesquinho e egoísta, cada qual louvando seu próprio grupo, doutrina e linha de pensamento, enquanto despreza as dos outros, exercendo uma necessidade umbilical de se sentir mais evoluído (salvacionismo grupuscular disfarçado).

Com toda esta salada de semântica popular o termo “espiritualista” tomou sentido diferente e limitado como se o espírita não fosse espiritualista, como se o católico não fosse espiritualista, como se o conscienciólogo não fosse espiritualista, como se o gnóstico não fosse espiritualista e assim sucessivamente.

Na verdade o espiritualista de hoje (2007, época que foi redigido este texto) acabou tomando um sentido diferente, como se fosse uma outra linha, opção diferente e até divergente das demais.

Discordo, todo espiritualismo converge, independente de nossos umbigos que querem ser mais importantes e "evoluídos" que os outros. Assim o rótulo “espiritualista”, que hora também está limitado infelizmente, deseja dizer: livre pensador, sem rótulo, universalista, com mais amplitude de abordagens, pesquisa e discernimento consciencial, que é onde eu desejo navegar.

Assim me arrisco a conceituar o ESPIRITUALISTA, não desejando definir e fechar, mas conceituar e abrir.

SER ESPIRITUALISTA é ser um “cientista”, um pesquisador e autopesquisador da holossomática e da consciência, sem perder o sentimento e a afetividade. É não se perder na intelectualidade vazia, teórica, arrogante e vaidosa. É trocar a fé cega pela serena convicção íntima, a heterocrítica pela autocrítica e a postura emocional pela racional.

É ser supra-institucional (ACIMA DE INSTITUTOS E GRUPOS QUE NÃO PASSAM DE MULETAS), ou seja, universalista, e estar acima de linhas de pensamento, ciências/neociências limitadas, misticismos ignorantes, dogmas bolorentos, filosofias verborrágicas, intelectualidade vazia, doutrinas estreitas, rótulos iniciáticos, purismo ortodoxo, institutos fundamentalistas e linguajar preconceituoso. É ser cobaia consciencial de si mesmo, é ser pesquisador (sujeito), pesquisado (objeto) e pesquisa (ação, observação e inteligência).

É viver no Paradigma Consciencial, considerando as muitas vidas (multiexistencialidade), muitos corpos (multicorporeidade – holossomática), as bioenergias (bioenergética), e a evolução consciencial ao infinito.

É estar acima de livros, autores, médiuns, projetores, lojas, casas, templos, instituições, paranormais, avatares, epicentros conscienciais, questionando tudo (omniquestionamento – ombudsman consciencial).

É alguém com coragem de aprender errando no próprio rumo (autopesquisa independente, avançada e despojada consciencial), do que acertar, trilhando o rumo dos outros.

É buscar ser assistencial (amor universal ou maxifraternidade) as seus semelhantes da forma que melhor puder no momento, procurando-se priorizar o caminho das tarefas de esclarecimento (ensinar a pescar), sem desprezar cegamente as tarefas de consolação (dar o peixe), conjugando-se o melhor custo-benefício evolutivo, na ponderação contextual entre as duas.

É procurar arriscar a crescer e tocar sua empreitada consciencial sozinho (sem ser ovelha de espiritismo ou cordeiro de epicon), do que pegar o vácuo confortável de outros (gravitante consciencial), que são mais maduros e experientes que si(coragem evolutiva). É galgar a evolução com vontade vulcânica, confiando em si e nos amparadores (autoconscientização multidimensional), acreditando na qualidade de seu próprio trabalho (autoconfiança evolutiva), a despeito das críticas levianas dos invejosos, gratuitas dos que nada fazem, inexeqüíveis dos que são teóricos, falaciosas dos intelectuais improdutivos, acomodadas dos abastados confortáveis, irônicas dos céticos e sarcásticas dos espiritualistas vazios.

É ter coragem de bancar o próprio custo-benefício evolutivo (autoconfiança consciencial) sem desmerecer ninguém.

É não se deixar levar pela patologia social generalizada, pelo rolo compressor das futilidades, idiotices tão comuns, aceitas e arraigadas nas mentes materialistas e fúteis, sedentas de emoções exteriores, densas e vivências efêmeras, fugindo de si mesmo (contrafluxo consciencial sadio – viva no mundo sem ser do mundo).

É assumir o próprio dharma (programação existencial, missão de vida, projeto reencarnatório) com coragem, às margens de linhas de pensamento que se autodenominam mais evoluídas, para atraírem adeptos (fiéis e voluntários – iscas do proselitismo), que se afinizam (lei do semelhante) com um holopensene (conjunto de formas-pensamentos, formas-sentimentos e energias do espírito ou consciência) vaidoso (bioenergética). É mais fácil gravitar na órbita de um epicentro consciencial (guru, mestre, mentor, professor, instrutor ou facilitador) do que se arriscar a ser um (coragem evolutiva).

Ser espiritualista é não possuir qualquer preconceito, conseguindo falar qualquer linguagem, sem se deter em apenas uma delas. É não possuir apenas uma linha de pensamento como fonte de pesquisa e reflexão, estudando todas elas, não vivenciando apenas uma ciência, mas autoexperimentando todas elas (trans e multidisciplinaridade científica, consciencial e universalista), sendo receptivo às conclusões e vivências dos outros, mas priorizando a sua própria, com coragem para discordar com cosmoética (lucidez consciencial, admiração-discordância, dissidência moderada não-gurulátrica).

É seguir seu próprio caminho com o corpo mental (mentalsoma, corpo da racionalidade) projetado no cosmos e os pés fincados na rocha (adequação consciencial), sem necessidade da fuga do místico ou do ego “importante” do pesquisador consciencial.

Ser espiritualista é jamais se sentir superior, mais importante, especial, seja para seu próprio umbigo (egokarma), seja para seu grupo (grupokarma), seja para os amparadores (maxipeça de um minimecanismo), seja para a sociedade e a humanidade em geral (polikarma). O espiritualista tem que ser uma minipeça de um macromecanismo (autoconsciência com visão de conjunto).

É não seguir nada e nem ninguém, pois bebe da fonte extrafísica de onde veio sozinho (origem multidimensional, autoconscientização multidimensional, pangrafia), sem se viciar( não quer dizer deixar de acreditar, mas não cometer excessos) nas muletas conscienciais (por exemplo, cristais, incensos, jargão técnico excessivo e/ou hermético, laboratórios conscienciológicos, religiões, seitas, filosofias, rituais, ornamentos místicos, verdades absolutas, verdades relativas eternas e inatingíveis, metodologias e procedimentos escravizantes, grupos exclusivistas "superiores").

Ser espiritualista é ser anímico, mediúnico, inspirado e intuitivo, exercer a projeção (de preferência a consciente) e a espiritualidade, procurando ser multifacetado, multímoda, pesquisador intra e extrafísico (pangrafia).

Ser espiritualista é ser transdisciplinar, multidisciplinar, metadisciplinar , multiveicular e multiconsciencial , sobrepairando todas as linhas e ciências, com uma visão de conjunto holística e integral de todas elas, enxergando as contradições e observando os paradoxos, se mantendo ao largo das disputas evolutivas mesquinhas, das fugas da realidade em escala individual e coletiva e das paixões ignorantes e exacerbadas (universalismo). OBS.: que não tem nada a ver com Universalismo Crístico e religioso de Roger Bottini.

É não possuir a humildade-doença e nem a arrogância (que sempre é doença), mas a humildade sadia de quem é modesto com naturalidade e fluência, aprendendo mais, por manter a xícara vazia (holomaturidade, sobriedade consciencial).

Ser espiritualista é não ter a necessidade de visitar túmulo, cova, cemitério( nada contra quem o faz), mas ter o poder de se conectar com as consciências que habitam noutro plano da vida.

É não temer a morte, por saber que ela não existe.

É não temer as passagens e mudanças, pois passamos para o lado de “lá”, mudamos para o lado de “cá”, estamos aqui de passagem e, quando “lá” estivermos, será também de passagem.

Para o espiritualista, a vida é uma eterna rodoviária, ou, talvez melhor, um e-terno aeroporto, onde se entra e sai de corpos transitórios, nas “decolagens e aterrisagens” existenciais.

É saber viver no contra-fluxo da sociedade patológica sem radicalizar, sem desdenhar e desrespeitar a quem deveria ajudar e não apenas criticar de forma ácida e com desprezo, o que no fundo é apenas competição evolutiva, que quer dizer competição cartesiana de egos subrepitícios.

Religiosos e espiritualistas são muitos; espiritualizados, muito poucos.

Técnicos, pesquisadores, parapsíquicos, racionais, pragmáticos e intelectuais são muitos; cosmoéticos operosos e evoluciólogos competentes, muito poucos.

Surfistas das tarefas de esclarecimento são muitos; tarefeiros lúcidos e ponderados na tarefa madura da assistencialidade consciente e eficaz, muito poucos.

Portadores de todos os tipos de “verdades” são muitos; os que vivenciam expansões de consciência e bebem lúcida e sobriamente da fonte extrafísica, muito poucos.

Professores de cursos pasteurizados, empacotados e treinados nos oligopólios e franquias internacionais das linhas de pensamento são muitos; os práticos fluentes são muito poucos. Conhecimento com arrogância é sintoma de subcérebro abdominal.

Então por aqui conceituamos( opnião do autor do texto), sem querer fechar definição ou pacote o que é ser espiritualista.

Então, os Kardecitas são poucos, muito poucos, eles não são na verdade espiritualistas.

Estes kardecistas não são Espíritas, pois Espírita e Espiritualista é a mesma coisa.

Eles são Kardecistas, exclusivistas de Kardec, seguem o autor e não o conhecimento do autor.

Os Kardecistas são fundamentalistas atrasados fanáticos em Kardec, ortodoxos, exclusivistas e puristas. Procuram a patologia pura ou purismo. Me perdoem os que se denominam kardecistas sem entenderem tudo que escrevi até aqui.

Se você acha que é kardecista e não é fanático, então você é espiritualista. Se é fanático, então você é kardecista.

texto retirado do blog: http://espiritismoapometria.blogspot.com/, com algumas inclusões explicativas minhas( Tatiane Madruga), sem alterar a essência do texto do referido autor!

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