terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PINGA FOGO com Carlos Bacelli

Olá Amigos e Irmãos de Jornada,

Segue texto do Alamar Régis do seu programa na Redevisao.net , é longo mas muito interessante e de grande valia especialmente para nós os ditos espíritas.
OBs: Carlos Bacelli para quem não sabe é o médium que psicografa os livros do Espírito Dr. Inácio Ferreira, que quando encarnado dirigiu por 50 anos o Hospital Espírita Psiquiátrico de Uberaba em Minas Gerais e que segundo suas obras dirige agora um hospital psiquiátrico no plano espiritual, e cujos pacientes em sua maioria foram "espíritas" ou religiosos de alguma forma...



domingo, 12 de dezembro de 2010

PINGA FOGO com Carlos Bacelli
No meu programa de TV, Simples Expressão


Você sabia que o Tomás de Torquemada, quando determinava a tortura e morte das pessoas, no período da inquisição, achava que não estava cometendo crime nenhum e que as suas atitudes eram agradáveis a Deus?

Aquilo tudo era obra do "Santo" Ofício.

Sabia que ele assistia, há poucos metros de distância, as pessoas serem queimadas, vivas, rezando o terço e dava gargalhadas ao constatar os corpos carbonizados?

Mas achava tudo aquilo NORMAL, em nome da PUREZA DOUTRINÁRIA imposta pela igreja católica, sob a argumentação de que estava exercendo o dever de defender a sua doutrina, e que ela deveria ser defendida, sempre, a qualquer custo.

Nos dias de hoje, por incrível que pareça, muitas pessoas, não somente no meio católico, gostariam muito que voltassem os tempos da inquisição e que houvesse, hoje, alguma lei que permitisse a queima de pessoas vivas, em fogueiras, em praças públicas. Não se conformariam apenas com queima de livros, gostariam mesmo era de queimar PESSOAS.

No meio espírita também; só que com uma diferençazinha: Tudo isto poderia ser feito, mas muito fraternalmente, com muito amor e muita caridade para com o condenado.

O Torquemada nunca se achou criminoso e assassino, nunca se admitiu mal e nem perverso. No entanto...



Eu havia formulado convite ao escritor e médium Carlos Bacelli, para participar do meu programa de televisão, logo na semana seguinte ao evento de Poços de Caldas, já que, por diversos motivos já explicados, não foi possível transmitirmos, ao vivo, o encontro que tivemos lá, diante de uma grande platéia e de outros expositores do evento.

Embora ele não manifestasse qualquer objeção, não pôde aceitar já, por conta de compromissos outros assumidos, mas colocou-se a disposição para o mês de fevereiro de 2011.

Acertamos a data do programa, então: Dia 17 de fevereiro de 2011.

É impressionante o número de pessoas que manifesta interesse neste debate. Faz muito tempo que eu não recebo uma quantidade tão gigantesca de e-mails, manifestando interesse em um assunto, como este que está acontecendo agora.

Mas tenho algumas coisas a informar, acerca disto:

Em princípio quero pedir desculpas aos amigos, os quais costumo responder os emails, particularmente, pelo fato de não poder responder cada um que me é enviado, haja vista que não estou dando conta, devido ao volume enorme. Responder por responder, sem prestar bem atenção no que eles escreveram e no que eu respondo, é problemático. Então eu coloco, aqui, neste e-mail geral, as considerações sobre esse Pinga Fogo com o Bacelli, que pretendo fazer.

Já que houve um Pinga Fogo com o Chico Xavier, agora façamos um com o Bacelli.


O meu posicionamento


Quero deixar claro, com antecedência, alguns detalhes:

Não sou advogado do Bacelli.

Não estou propondo realizar programa para defender ninguém.

Não me submeto, também, a atacar ninguém.

Não faço jogadas ou jogatinas para atender interesses de quem quer que seja, principalmente quando se tratam de atitudes sem-vergonha e canalhas.

Não costumo subestimar a inteligência do público que me prestigia e confia em mim, ao mesmo tempo em que, também, não subestimo a minha própria inteligência.

Eu também discordo do Bacelli, acerca daquela questão que ele, como a Dra. Marlene Nobre, defendem, de que o Chico era a reencarnação do Kardec.

Diante de tudo isto, que fique claro, também, que não endosso, em hipótese alguma, a mania sem vergonha, estúpida e contraditória de muitos espíritas, de fazerem com companheiros nossos, aquilo que o Tomás de Torquemada fez com muita gente, lembrando que o próprio Allan Kardec foi a primeira vítima dessa ridícula cultura que ainda existe em nosso movimento espírita, tão cínica e calhorda, quando ainda ouvimos coisas do tipo “eu não tenho nada contra o companheiro, só estou fazendo isto para defender a nossa doutrina, mas muito fraternalmente e com muita caridade”. Isto significa: "mando ele para a fogueira mesmo, mas com muito amor".

Espírita decente, que tem alguma estrutura moral, compromisso verdadeiro com a doutrina e o mínimo de vergonha na cara, jamais toma qualquer atitude para calar quem quer que seja, porque isto é censura e é inquisição. Quem é que tem o direito de calar os outros?

Que não queiramos entender isto como uma proposta de que devamos “liberar total” para que todo mundo faça o que quer e bem entende com o Espiritismo, que façam dos centros espíritas picadeiros de circo, que apliquem técnicas e procedimentos em nome do Espiritismo, sem passar pelo crivo da racionalidade conforme sugere Kardec, etc.

É claro e se constitui compromisso de todos nós preservarmos a coerência doutrinária, inclusive de forma enérgica.

Eu digo isto porque sempre, toda vez que alguém fala contra o patrulhamento, a intolerância e a inquisição sutil dentro do movimento espírita, sempre aparece um “arauto da pureza” para afirmar, maldosa a intencionalmente, que estamos querendo promover os enxertos, os misticismos, as saladas, a bagunça e toda sorte de maluquices nos centros espíritas.

Espírita que questiona no centro é sempre qualificado coma semeador de indisciplina. Você já reparou isto:

A incansável luta é para que todos os espíritas dispam-se da hipocrisia e se assumam como realmente são:

Se eu sou dirigente de um centro, por exemplo, e tomo a decisão de PROIBIR que determinado expositor fale no "meu" centro, eu devo assumir, pra todo mundo, que quem estabeleceu a proibição fui eu, e não ficar na hipocrisia de deixar todo mundo na dúvida, sem saber de quem partiu a atitude de proibição. Isto acontece demais, no movimento.

Se eu tomo uma atitude, essa atitude deve estar baseada em alguma coisa onde posso enquadrar, observando os princípios elementares de JUSTIÇA, HONESTIDADE, DIGNIDADE E CARÁTER. Se alguém me cobrar alguma coisa eu mostro as RAZÕES e não tenho nada a temer. Só que eu me disponibilizo a mostrar as razões a toda e qualquer pessoa que exigir, principalmente a pessoa a qual eu proibi.

Não fica bem mais digno e mais honesto?

Se somos realmente afinizados com a doutrina, obviamente exercitamos mesmo a disposição de amar, de tolerância, de compreensão e de respeito em relação ao nosso próximo; assumamo-nos, então, como espíritas de verdade; mas se defendemos os conceitos elevados ensinados pelo Espiritismo apenas na teoria das tribunas dos centros ou nos artigos que escrevemos, porque no íntimo somos capazes de desejar a destruição velada de confrades, que tomemos vergonha na cara e assumamos, para todos, com a personalidade que realmente temos e joguemos as máscaras por terra.

A intolerância de alguns companheiros


É impressionante a intolerância de alguns companheiros que, apesar da “caridade” e da “fraternidade” que tanto pregam, tem atitudes como estas a seguir:

- “Alamar, retire o meu email da sua lista, não me mande mais e-mails, não quero mais receber os seus e-mails, porque eu não suporto o Carlos Bacelli, não concordo com as suas idéias e você não vai me convencer de nada”.

Na cabeça de uma criatura desta, o meu objetivo é tentar convencer pessoas e tentar dar uma de advogado do Bacelli. Há inteligências para todos os gostos.

Os radicais não admitem a possibilidade de existirem pessoas imparciais, não radicais e que possam ter a disposição de discutir idéias, no nível que elas estiverem, sem se tornarem parciais ou fanáticas.

- “Alamar, eu já sei o que você vai fazer: Você vai colocar nesse programa apenas perguntas que agradem ao Bacelli, formuladas por pessoas que querem fazer o jogo dele, que aceitam as suas idéias e as perguntas que contestam a obra com certeza vão ser censuradas”.

Infelizmente, desde que o mundo é mundo, há pessoas que medem o caráter dos outros conforme os seus. Eu não disse, em momento algum, que iria fazer programa para defender o Bacelli de nada... aliás, ele nunca me pediu isto, não insinuou isto, não condicionou nada e, diante de uma situação desta, eu nem seria tão burro e insensato a ponto de ser parcial.

Tem gente que não quer, de jeito nenhum, que seja dada oportunidade para o companheiro se dirigir ao público a fim de explicar melhor os conceitos que defende. Acham melhor a opção do calar-lhe a boca, a qualquer custo. Isto é um absurdo, isto é uma vergonha!

Por que nós temos que calar a boca dos que falam coisas que não sejam exatamente conforme o que pensamos e o que queremos?

Quem é que nos dá esse direito?

Que tal mandarmos explodir as editoras que publicam os livros do Friedrich Nietzsche, só porque ele diz que não precisamos de Deus?


O que temos a temer?


Eu já escrevi várias vezes e vou escrever de novo, para os meus amigos leitores:

Espírita que teme polêmica, não é espírita cauteloso e cuidadoso para com a doutrina, é espírita despreparado.

Fica na onda dessa “paz” de fachada, desse equilíbrio apenas aparente, com aquela mansuetude fingida, argumentando com voz mansa que devemos evitar polêmicas e discussões sobre assuntos controversos, querendo dar a entender ao seu interlocutor que ele está numa esfera altamente evoluída, em absoluta tranqüilidade, quando, no fundo, o que existe mesmo é incompetência e despreparo para encarar o debate, para a discussão de idéias, sobretudo quando essas requerem disposição para RACIOCINAR, que é coisa que nem sempre ele está habilitado.

Quem tem solidez doutrinária não dá desculpa nenhuma para fugir de debate. Quem foi que determinou que para haver debate e questionamentos sobre idéias tem que ter briga, ataque e ofensas?

Espiritismo não é doutrina de fingidos, é doutrina de pessoas autênticas e sensatas.

Se alguém disser alguma bobagem, em nome da doutrina espírita, saibamos ser autênticos e corajosos para dizer a esse alguém, NA FRENTE, CARA A CARA, que ele está equivocado.

Só que, antes de fazer isto, precisamos analisar bem a questão e passá-la pelos seguintes crivos:

É uma questão, de fato, contraditória à Doutrina, na sua total abrangência?

Não estarei eu condenando, porque não se enquadra na forma como EU penso que a coisa é?

A interpretação que EU dei a todas as questões colocadas nos sete livros da Obra Básica e mais nos livros que compõem a Revista Espírita, de autoria de Allan Kardec, é a absolutamente correta, irreparável e imutável para toda a eternidade?

Será que eu sou detentor do conhecimento total e absoluto, séculos e milênios na frente do homem comum, a ponto de afirmar tudo o que existe e o que não existe?

Pelo fato de Eu achar que os Espíritos, jamais, enviarão novos ensinamentos à humanidade, será que eles de fato não nos enviará mesmo, nunca mais, ensinamento nenhum?

Discordar de um companheiro de doutrina é algo natural, aceitável e não pode ser motivo de briga nenhuma, muito menos de ódio.

Um determinado dia eu estava no grande auditório Bezerra de Menezes, da Federação Espírita do Estado de São Paulo, fui chamado para compor a mesa e um companheiro começou a fazer uma palestra.

Em dado momento ele começou a falar sobre umas tais “características diversificadas” da prática espírita em todo o Brasil, (não sei porque ele entrou naquele assunto), e, na sua dissertação, veio a dizer que na Bahia a prática espírita se confundia com a Umbanda e com o Candomblé, e que a Federação Espírita da Bahia praticava alguns rituais que faziam parte desse folclore afro brasileiro, inclusive recomendar banho de sal grosso...

O pior de tudo é que o infeliz, me vendo na mesa, caiu na besteira de pedir confirmação minha:

- “... Não é verdade, Alamar?”

- “Não, meu irmão, não é verdade não. É você quem está dizendo isso.”

- “Mas... como não é verdade? Todo mundo sabe disto.”

- “Todo mundo, quem? O que existe é um equívoco e uma cultura absurda que se estabeleceu aqui no sul do País em achar que a Bahia é terra da macumba, que todo mundo lá é envolvido com macumba e que até não existe Espiritismo verdadeiro. Muito pelo contrário, lá se pratica o espiritismo com uma coerência enorme e muita disposição para estudos como deve ser. Você está enganado”.

Isto gerou um desconforto enorme no ambiente e o expositor não ficou nada satisfeito comigo.

Pra que ele veio me perguntar?

O Alamar, por ter sido verdadeiro, seguro e não omisso, por acaso foi agressivo, como muitos “bonzinhos” espíritas acham, em responder como respondeu?

Ou teria que agir como um espírita "bonzinho", balançando a cabeça em sinal positivo, diante de tamanha bobagem?

Não. A verdade tem que ser dita sempre. Se alguém se aborrece com ela, o problema é desse alguém e não seu.

É preciso ficar inimigo e odiar, por causa de uma coisa desta?


Pretendo fazer o Pinga Fogo, sim

E não é só com o Carlos Bacelli que eu gostaria de fazer um programa com esta característica, mas, também, com o Waldo Vieira e outros. Qual o espírita que não gostaria de ouvir o que o Waldo Vieira (foto à direita), parceiro do Chico Xavier em obras extraordinárias, teria a dizer, sobre as razões pelas quais a parceria foi rompida?

Precisamos ouvir um Luciano dos Anjos (foto à esquerda), um homem notável, sobre as obras do Jean Baptiste Roustang. Por que não?

Se Pietro Ubaldi tivesse encarnado, eu o convidaria também. Eu convidaria mesmo nem que fosse para fazer mais de um programa.

Para combater com responsabilidade é preciso conhecer a fonte.


Formule a sua pergunta ao Bacelli


Quando estiver mais próximo do programa, peço aos amigos, inclusive àqueles que discordam, que formulem as suas perguntas ao entrevistado, que elas serão feitas normalmente. Censura não faz parte nunca do meu vocabulário e JAMAIS fará parte.

Vou colocar aqui, a seguir, uma pergunta que já foi dirigida pelo José Passini, espírita ilustre, que também discorda das teses defendidas pelo Bacelli.


Caro Alamar,


Perguntar-lhe-ia o seguinte:


1. O "Dr. Inácio" teria passado por um curso de polidês e de boas maneiras? Seus falares nos livros atuais são completamente diferentes daquele falar destrambelhado, agressivo, chistoso e, às vezes grosseiro.

2. Será que mudou de opinião a respeito de comunicação mediúnica, do que disse no livro "Do Outro Lado do Espelho", conforme se vê abaixo:

– Nós, os consideramos mortos, em matéria de mediunidade temos que nos contentar com percentagem: 30% nossos, 70% do médium... Quando, pelo menos, são 50% para cada lado, vá lá... Raro o médium que nos permite o empate. Isso sem falarmos nos médiuns que vivem colocando palavras inteiramente suas em nossos lábios: é um tal de termos dito, sem termos dito nada... (...) Os médiuns hoje querem improvisar... Quanta mistificação!... (160)

3. Será que deixou de fazer propaganda do vício de fumar? No livro "Sob as Cinzas do Tempo", falou 25 vezes que fumava, acendia cigarro, sem uma única vez alertar a respeito dos malefícios do fumo.

Será que não é mais favorável ao aborto, conforme afirmou no livro "Fala, Dr. Inácio!":

– Quando se trata de estupro, creio que se deve dar à mulher o direito de decidir, e respeitá-lo, seja qual for. (128)

– Mesmo que ela decida pelo aborto?

– A sociedade não pode obrigá-la a arcar com as conseqüências de tal violência. Ponhamo-nos no lugar da mulher aviltada em sua dignidade... A pretexto de ética religiosa ou o que o valha, não podemos traçar regras de comportamento para os outros. (128)

– A mulher deve ter o direito de abortar o anencéfalo?

– Creio que Deus, através dos progressos da Ciência, está nos dotando de meios a fim de que tenhamos certas provas suavizadas. Sabemos que a dor é benéfica para o espírito, no entanto, recorremos ao analgésico. (131)

– Então, a gravidez do anencéfalo deve ser interrompida?

– Se os pais, e principalmente a mãe tomarem tal decisão, após a confirmação do diagnóstico, cabe-nos, repito, acatá-la sem recriminações. (131)

Mas, no livro "Chico Xavier Responde", como já eram conhecidos vários casos de sobrevivência de fetos considerados anencéfalos, o Espírito mistificador de que faz passar pelo Chico só apoia o aborto em caso de estupro:

— Você é contra ou a favor do abortamento, em casos em que o feto esteja se desenvolvendo sem cérebro?

— Creio que o assunto seja pertinente ao livre arbítrio dos genitores, especialmente ao da mãe, mas, qual o significado se levar a termo uma gestação que, com os modernos recursos da Medicina, já se sabe de antemão comprometida do ponto de vista genético? Não seria penalizar, desnecessariamente, os familiares?

— A Medicina, todavia, não pode cometer enganos?

— Tudo o que é humano é passível de erro, mas não nos apoiemos em sofismas da inteligência para justificar pontos de vista extremistas que a Doutrina Espírita não defende.

— Impedir de o espírito reencarnar-se em um corpo sem cérebro não seria frustrar-lhe a possibilidade de reajuste?

— O espírito não reencarna em um corpo sem cérebro. (136/137)

Esses exemplos das contradições, acho que são suficientes. Se quiser, pode citar meu nome como autor das perguntas, que mandei a ele e não obtive resposta.



Abraço,

José Passini – Juiz de Fora, MG


Coloquei esta pergunta feita pelo Passini, mas já tenho várias outras feitas, também, por outros espíritas sérios, que só não as coloco aqui, para não fazer o email ficar maior do que já está.

Quem é que pode ser contra isto?

Estamos em um novo tempo


Do mesmo jeito que houve uma revolução no Rio de Janeiro, para acabar com aquele absurdo domínio dos traficantes de drogas, que promovia desgraças e sofrimentos cada vez mais crescentes na cidade maravilhosa, devemos, também, aproveitar da oportunidade e promovermos uma revolução em nosso movimento espírita, no sentido de acabarmos com essa perversidade que existe, historicamente, entre nós, com essas manias absurdas de intolerância e ódio de espíritas em relação a espíritas, pelo fato de pensarem diferente.

Kardec, na sua época, foi também patrulhado e caluniado pelos espíritas que o acusavam de querer ficar rico às custas da doutrina, quando na verdade ele vendia livros que eram mandados imprimir em gráficas com dinheiro do seu próprio bolso. Foi acusado de querer aparecer e se auto promover, por conta das viagens que fazia para divulgar a própria doutrina, com dinheiro do seu bolso.

Discordemos, sim, mas sem nos deixar contaminar por ódio.

Discordemos, sim, mas sem cometermos o exagero absurdo e inaceitável de querer calar a pessoa.

Discordemos, sim, mas que tenhamos a dignidade e a coragem de dizer à pessoa, cara a cara, onde discordamos e porque discordamos.

Discordemos, sim, mas sem ficar usando a "defesa da doutrina", para justificar os nossos instintos maldosos e disposições de acabar com companheiros.

Discordemos, sim, mas focando na obra e não atacando a dignidade do companheiro.

Por um Espiritismo belo, bonito e coerente, onde os seus praticantes de fato pratiquem o Amor na sua expressão mais pura, a Caridade na sua concepção abrangente, a Fraternidade conforme o modelo ensinado por Jesus e não continuem com a repugnável postura cultural da teatralização dos valores espirituais.


Para a apreciação de todos.

Carinhosamente.
Alamar Régis Carvalho

www.redevisao.net


Postado no Blog:http://espiritismoapometria.blogspot.com/

texto recebido por e mail, de uma grande amiga e irmã de jornada Ana Cirene.

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