domingo, 15 de agosto de 2010

Médiuns psicógrafos

Psicografia:
Escrita dos Espíritos pela mão de um médium.


Psicógrafo:
(Do grego psiké, borboleta, alma, e - graphô, escrevo.) - Aquele que faz psicografia; médium escrevente.

Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos.

De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós. Com tanto mais afinco deve ser empregado, quanto é por ele que os Espíritos revelam melhor sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou da sua inferioridade. Pela facilidade que encontram em exprimir-se por esse meio, eles nos revelam seus mais íntimos pensamentos e nos facultam julgá-los e apreciar-lhes o valor.

Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício. Quando uma pessoa psicografa uma mensagem o chakra umeral (dorsal do chakra cardíaco) entra em ação permitindo a conexão com a entidade que transmite a mensagem. Já a canalização consiste também na captação de mensagens sejam elas na forma escrita ou verbal. A diferença entre a canalização e a psicografia é que a primeira não é efetuada de uma forma automática, pois a pessoa recebe a idéia num bloco de pensamento o qual a partir da sua capacidade de entendimento, bagagem cultural, conhecimento, crenças, consciência, etc. será interpretado e transcrito para as demais pessoas.

A maioria acha que é muito fácil, bastando o espírito “incorporar” e pronto, já sai escrevendo. Mas não é bem assim. É preciso um certo conhecimento do corpo humano - por parte do espírito - pra saber "quais botões apertar" pra obter uma psicografia limpa, sem muitas interferências do médium.

Em Missionários da Luz, André Luiz descreve a sua percepção de uma sessão de psicografia. Ele destaca a idéia de que o médium não é um ser passivo, um mero aparelho, mas um espírito, tendo por conseqüência participação ativa no fenômeno da psicografia. Ele descreve minuciosamente as intervenções que os espíritos fazem no sistema nervoso dos médiuns, e, posteriormente, se detém na glândula pineal, descrevendo o seu papel nas comunicações mediúnicas de uma forma geral. Ela, entre outras funções, participaria no processo de "recepção e emissão das ondas peculiares à esfera espiritual", que se intensificaria no exercício mediúnico. Outra descrição curiosa diz respeito à atuação dos espíritos no cérebro do médium. André Luiz descreve o espírito "vasculhando" o centro da memória do psicógrafo, minutos antes da comunicação, em busca de elementos que lhe facilitem a expressão das idéias. Outra descrição curiosa diz respeito à atuação de um terceiro espírito junto às "fibras inibidoras do lobo frontal", o que reduziria a influência do médium no fenômeno. O processo de "apossar-se do braço" do médium para escrever se dá com a atuação no cérebro do mesmo, e não diretamente sobre o braço. No livro citado acima, ele registra uma "mudança de coloração da zona motora do cérebro" durante a comunicação através da psicografia, causada, portanto, em decorrência da atuação do espírito.

Num outro livro (André Luiz, de 1977), o autor espiritual retoma a discussão dos mecanismos da psicografia, deixando ainda mais clara esta sua afirmação:

"Com base no magnetismo enobrecido, os instrutores desencarnados influenciam os mecanismos do cérebro para a formação de certos fenômenos, como acontece aos musicistas que tangem as cordas do piano na produção da melodia. E assim como as ondas sonoras se associam na música, as ondas mentais se conjugam na expressão". Ou seja, atuam por meio da vibração. Afinal de contas, TUDO é vibração.

Como vêem, o processo é complexo e sujeito a falhas e influências indesejadas do médium. Por isso que Kardec afirma "A mediunidade é uma flor delicada que tem necessidade, para se expandir, de precauções atentas e de cuidados permanentes". Até mesmo Chico Xavier não escapou de errar, quando já estava muito doente e com mais de 80 anos. Certa vez ele psicografou uma carta de um filho desencarnado para a mãe. Ela acreditou em cada palavra, mas, com delicadeza, apontou que três nomes estavam errados. Chico não se fez de rogado: pegou a borracha e apagou o errado, dizendo: "A borracha é como a reencarnação. Apaga o que está errado para escrever o certo".


Parte da entrevista com o Francisco Cândido Xavier coberta pelo repórter Ivandel Godinho Jr. da revista O semanário "Fatos e Fotos"'.-.GENTE, do Grupo Bloch:

1 - Como se processa o fenômeno da psicografia? Tecnicamente, não sei definir. Sei apenas que os espíritos amigos tomam o meu braço e escrevem o que desejam. Há muitos anos perguntei a Emmanuel sobre o assunto. Ele respondeu: "Se a laranjeira quisesse estudar pormenorizadamente o que se passa com ela, na produção das laranjas, com certeza não produziria fruto algum. Não quero dizer com isto que o estudo de classificação em mediunidade deva ser desprezado. Desejo apenas confirmar que, como as laranjeiras contam com pomicultores e botânicos que as definem, assim também os médiuns contam com autoridades humanas que os analisam pelo tipo de serviço que oferecem.

2 – Mas o que acontece com você, durante o momento em que os espíritos estão usando o seu braço?
R. Observo que minhas faculdades se acentuam em todos os seus aspectos. E realmente sinto-me na companhia dos amigos desencarnados, quando eles permitem, com tanta espontaneidade, como se fossem pessoas deste mundo, que nós vemos e ouvimos naturalmente.

3 - Você tem consciência do que está sendo escrito?
R. Normalmente, não tenho conhecimento do assunto. O teor da mensagem, só conheço depois de recebida. Mas depende muito da reunião.

Quais são os perigos desta manifestação de mediunidade?


Sabemos que a mediunidade independe do grau evolutivo, vibracional, moral, espiritual e cultural, etc. da pessoa. E é aí que mora o perigo!

Em outras palavras o nível energético e evolutivo da entidade a ser conectada seja para transcrever uma mensagem falada ou escrita vai ser diretamente proporcional à freqüência vibracional do médium. Ou seja, se a pessoa não possui certa higiene mental e emocional somada a uma espiritualidade apurada jamais poderá se conectar e transcrever mensagens de seres que respondam a padrões de Mentores, Mestres, Guias, etc. Por isso antes de aceitar uma mensagem como verdadeiramente vinda de uma entidade desse nível, devemos conhecer muito bem a postura como ser humano do médium ou canal, sua integridade e comportamento perante a sociedade e família. Quando não temos oportunidade de conhecer essa pessoa e chegam a nos apenas as mensagens devemos usar nosso discernimento, lógica e intuição para poder determinar a veracidade das mesmas. Mesmo nos casos da canalização onde a pessoa consegue a captação das mensagens se valendo apenas da conexão mental, o canal deve possuir profundo discernimento e conhecimento de sim mesmo para poder reconhecer uma verdadeira mensagem das interferências mentais e idéias do mesmo ou de entidades com poder psíquico que costumam confundir muitos canais.

No meio espírita cotidianamente nos diferentes centros são recebidas mensagens psicografadas de pessoas desencarnadas procurando o conforto e alivio dos familiares pela perda do ente amado. Mas como saber se essas mensagens são verdadeiras? Usando a lógica, o bom senso, o discernimento, o conhecimento e a intuição. Sentindo em nossos corações o grau energético e espiritual da mesma. Para os que recebem mensagens de entes queridos já falecidos devem sentir se as mesmas correspondem aos valores morais e emocionais dessas pessoas. Não se deve tomar qualquer mensagem como verdadeira, primeiro deve se estudar o que está escrito, se tem sentido ou transmite alguma coisa. Sejam canais e médiuns de vocês mesmos.


Resumo apresentado por Evelise , no grupo de estudos1 de sábado no CELE (31/07/2010)

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